Cursos Adalberto Barreto
MEDO DA RECAÍDA NAS DROGAS
Terapia Comunitária Integrativa
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Fundamentada em cinco pilares: pensamento sistêmico, teoria da comunicação, antropologia cultural, pedagogia de Paulo Freire e resiliência (BARRETO, 2008, p. 27), a roda de TCI dura uma hora e meia, e segue cinco etapas: acolhimento, apresentação e escolha de tema para partilha, contextualização, problematização, encerramento com rituais de agregação e conotação positiva, em que o terapeuta capacitado não é “salvador da pátria” nem o especialista que tudo resolve de forma vertical, gerando dependências; mas facilita a partilha para trabalhar em grupo, o sofrimento pessoal, valorizar a experiência de cada participante e a formação de uma rede solidária horizontal que contemple a todos (BARRETO, 2008, p. 56-59).
Os efeitos positivos alcançados na roda se estendem para outros contextos e relacionamentos, conforme seguem os objetivos da TCI:
1.Reforçar a dinâmica interna de cada indivíduo, para que este possa descobrir seus valores, suas potencialidades e tornar-se mais autônomo e menos dependente. 2. Reforçar a autoestima individual e coletiva. 3. Redescobrir e reforçar a confiança em cada indivíduo, diante de sua capacidade de evoluir e de se desenvolver como pessoa. 4. Valorizar o papel da família e da rede de relações que ela estabelece com o seu meio. 5. Suscitar, em cada pessoa, família e grupo social, seu sentimento de união e identificação com seus valores culturais. 6. Favorecer o desenvolvimento comunitário, prevenindo e combatendo as situações de desintegração dos indivíduos e das famílias, através da restauração e fortalecimento de laços sociais. 7. Promover e valorizar as instituições e práticas culturais tradicionais que são detentoras do saber fazer e guardiãs da identidade cultural. 8. Tornar possível a comunicação entre as diferentes formas do saber popular e saber científico. 9. Estimular a participação como requisito fundamental para dinamizar as relações sociais, promovendo a conscientização e estimulando o grupo, através do diálogo e da reflexão, a tomar iniciativas e ser agente de sua própria transformação (BARRETO, 2008, p. 39).
Inspirado pela pedagogia de Paulo Freire, a TCI tem o formato em círculo e as regras/sequência favorecem a partilha de experiências e a socialização de saberes, sem a verticalidade imposta por símbolos aparentes de poder e saber, pois, todos se veem e se integram horizontalmente. Cada um ensina enquanto aprende, pois, é protagonista de sua história e contribui na conexão de sentimentos em meio a experiências e origens diversas dos participantes. Conforme chegam à roda, todos são acolhidos pelo co-terapeuta com palavras, atividades de boas-vindas e as regras da TCI: ouça os outros em silêncio, fale somente sobre si; manifeste-se sem julgar, criticar ou aconselhar, partilhe se surgir uma memória espontânea de um ditado ou música (BARRETO, 2008, 63-66, 279-291).
A TCI também estimula a habilidade para pensar, agir e discernir valores no dia-a-dia, pois, fundamentado na Antropologia Cultural, respeita as raízes culturais como elemento de referência fundamental na construção da identidade individual e grupal, que reforça o senso de pertença, e dá condições de resistência à dominação/exclusão social. No caso do Brasil, há uma mescla inicial de índios, brancos e negros, seguida da imigração de toda parte do mundo, com suas tradições religiosas e hábitos culturais (crenças, espiritualidades, culinária, mitos, ritos, práticas artísticas). Cada grupo cultural trouxe seu modelo de vida social e teve que aprender a adaptar-se e conviver com as diferenças, para participar na construção de uma sociedade tolerante na sua pluralidade. (BARRETO, 2008, p. 29, 236-278).